Comandante Nádia é a quarta candidata a participar do bate papo AEHN com candidatos à vereador
O quarto bate papo AEHN com candidatos a vereador de Porto Alegre aconteceu na quinta-feira (29), via plataforma Zoom. A convidada para o evento foi a candidata à reeleição a vereadora Comandante Nádia (DEMOCRATAS) e a conversa foi conduzida pelo presidente da AEHN, Luiz Carlos Camargo.
Nádia iniciou agradecendo a oportunidade de estar conversando com a AEHN falando que devemos nos interessar por política, porque seremos governados por quem se interessa, e que devemos votar em que tem uma profissão e em quem faz acontecer e não por quem simplesmente aparece a cada 4 anos pedindo voto. Contou que em 2016 quando aceitou pela primeira vez o desafio à eleição de vereadora por acreditar que cidadãos de bem precisam estar mais presentes na política e para que o mandato proporcionasse resistir ao poder hegemônico que tinha a esquerda, e também para proteger sua família, a brigada militar, o empreendedorismo, combate a ideologia nas salas de aula e o aparelhamento das instituições e poderes. Contou que ao longo de 27 de brigada ficou claro para ela que a Brigada Militar sempre esteve à mercê da política, e alguns governos desvalorizam desprestigiaram, querendo acabar com a instituição. Como exemplo Nádia contou que em determinado governo, a brigada era obrigada a atender o 190 atender dizendo: “Governo popular e democrático, bom dia”, e que em ação de confronto eram obrigados a avisar ao bandido que estavam armados, o que no fim só trazia mais riscos ao policial. Nádia seguiu sua introdução dizendo que não estava no presente bate papo para falar apenas de si, e sim para fazer uma reflexão sobre política como um todo, pois em anos de eleição vemos muitas pessoas dizendo que não gostam de política, e agora com a pandemia, a aproximar as pessoas está ainda mais difícil. Falou também sobre a importância de votar em eleições para conselheiro tutelar, que tem um papel importantíssimo para cuidar dos diretos e proteção de crianças e adolescentes e que é dominado pela esquerda que tem um grande poder de mobilização. Completou apontando que em muitas votações da câmara, como no caso da retirada de privilégios como aumento automático de 5% e licença prêmio remunerada de 3 meses a cada 3 anos para servidores, a esquerda lotou o plenário dizendo que se tratava de retirada de direitos. Disse ainda, que além de posicionamentos que que não levam em conta a realidade da cidade, muitos vereadores não leem os projetos apresentados e muitas vezes dão desculpa para não votar e concluiu dizendo que se não tivermos pessoas engajadas ficaremos estagnados.
Na sequência Nádia explicou porque votou a favor do IPTU, disse que no período da votação era Secretaria Municipal e que infelizmente não pode estar em parte dos debates sobre o assunto e não pode propor emendas como gostaria. Disse também que entendia que realmente havia necessidade de uma revisão da planta de valores, que não foi convencida sobre outras formas de fazer, que o acordo do partido em que estava e que no momento era de votar favoravelmente, mas que entende que há necessidade reavaliação e correção para que aumentos não sejam tão expressivos. Disse ainda que junto de outros vereadores tentou aprovar uma lei que retirava a cobrança de IPTU de estabelecimentos que foram obrigados a fechar as portas em função da pandemia e citou que gostaria de ter proposto uma emenda que 70% do valor pago fique no bairro e que 30% fique para bairros com menos recursos.
Em relação aos impactos da pandemia, Nádia apontou que estima e a quantidade de pessoas dependentes de auxilio governamental deve ter dobrado, que hoje vemos crianças e pessoas constrangidas pedindo dinheiro nas esquinas, e que para solucionar esse problema precisamos de geração de emprego e renda. Disse, que para termos mais empregos precisamos desburocratizar, desonerar e atrair investimentos, como exemplo citou criar um Polo Industrial na Restinga. Sobre o 4ºDistrito, disse que “está caindo de maduro”, mas que precisa de investimentos e apontou problemas de alagamento, saneamento básico, becos, terrenos invadidos, e completou proprietários de terrenos e imóveis abandonado precisam ser responsabilizados, inclusive quando a propriedade é municipal ou de empresa pública. Nádia falou ainda sobre escolas cívico militares, e que seria maravilhoso ter uma delas no 4ºDistrito. Falou sobre um projeto que protocolou na câmara, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que visa comprar das famílias produtoras municipais alimentos para merenda escolas e hospitais, como exemplo falou que hoje existem 241 famílias de pescadores da região das ilhas e dezenas de famílias produtoras de pêssego da Vila Nova.
Nádia encerrou afirmando que acredita que o estado deve focar em educação, saúde e segurança e que deve deixar as outras questões para as empresas, e exemplificou problemas do estado em relação a licitações, dizendo que além de ser um processo extremamente burocrático o poder público paga muitas vezes 3 vezes o valor de mercado, e isso não pode continuar. Nádia completou dizendo precisamos olhar o quem já fez e não para quem promete, e abriu espaço para perguntas.
Questionada sobre a Procempa, disse que votou pela quebra do monopólio de prestação de serviços TI, e criticou a empresa dizendo que além de cobrar um valor muito mais alto do que o mesmo serviço no setor privado, atrasa e inviabiliza muitos projetos como no caso da integração de câmeras de segurança.
O presidente Luiz Carlos, agradeceu, desejou boa sorte a candidata e reforçou que apenas 5 candidatos foram convidados e que os escolhidos foram aqueles que nos últimos 4 anos estiveram mais próximos da associação. Disse ainda que por muito tempo os empresários e as pessoas ficaram de fora das decisões políticas, e que vendo como está nosso país agora fica clara a necessidade de uma participação mais efetiva.
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